domingo, 11 de dezembro de 2011

Não gosto de nada pela metade.
Meio sorriso, meio abraço, meio beijo.
Não gosto de nada pela metade.
Felicidade pela metade, pessoas pela metade, amor pela metade.
Tudo que é metade é bom e ruim.
Tudo que é metade é feliz e triste.
Tudo que é metade é doce e amargo.
Tudo o que é metade é verdadeiro e falso.
Metade faz sofrer...
Metade traz indecisão.
Metade causa insegurança.
Metade é hoje, mas pode ser amanhã ou ter sido ontem.
Preciso ser feliz o tempo todo, não só a metade do tempo.
Preciso dizer que amo todo momento.
Preciso do inteiro que não é dado...
Talvez por ter vivido muitas vezes a metade eu tenha conhecido o inteiro da tristeza.
Talvez por ter vivido muitas vezes a metade, eu tenha entendido o inteiro do medo.
Talvez por tantas metades, eu tenha escolhido conhecer um inteiro. Talvez por tantas metades
eu tenha escolhido me afastar. Talvez por tantas metades, agora há a coragem de novos horizontes.
Por tantas metades eu escolhi não ser mais a dona da sua metade que se entregava e depois partia. Sua
metade que amava e depois desapegava. Sua metade carinhosa e depois fria.
Quero o inteiro da felicidade...
Quero a intensidade da verdade!
Não gosto de nada pela metade...

(por: Raquel Seidler)


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