quarta-feira, 15 de outubro de 2014




Me perguntaram porque raramente coloco títulos no que escrevo.
A verdade é que nunca gostei de rótulos.
Posso agora falar de amor e daqui a pouco falar de solidão.
Porque a vida feita de rótulos, para mim, não tem graça nenhuma!
Gosto do inesperado.
Gosto do que chega sem avisar.
Gosto de surpresa boa.
Gosto de descobertas.
Não gosto de coisas rotuladas.
Não gosto de quem vem pronto.
Não gosto de encomendas marcadas.
Eu gosto do inesperado.
Gosto do que chega sem avisar.
Gosto de achar perdido no meio de uma multidão, um alguém diferente.
Rótulos são quase todos iguais.
As pessoas raramente leem os rótulos.
Porque elas gostam mesmo do sabor.
Gostam mesmo é do cheiro.
Quem se importa com um rótulo?
Eu gosto de mostrar o que sinto.
Gosto de mostrar o que sou assim, escrevendo.
E se eu rotular, em mim estarei colocando um rótulo.
E como me rotular?
Eu posso agora falar de amor... E daqui a pouco?
Daqui a pouco posso nem falar.
Ou posso falar de solidão.

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