sábado, 15 de novembro de 2014

E é no meu inverso...
No meu avesso que desconheço
É na minha metade...
Na saudade que me invade
É no meu sonho...
Que perturba, que não deixa dormir
É no meu desarrumado...
Meio torto, bagunçado
Nesse vento, quase sul
Nesse pólo quase norte;
Que me invade um sorriso,
Que arruma os meus lados
Endireita, mas desajeita
O que arrumado nunca esteve
E só assim, estará.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014




Me perguntaram porque raramente coloco títulos no que escrevo.
A verdade é que nunca gostei de rótulos.
Posso agora falar de amor e daqui a pouco falar de solidão.
Porque a vida feita de rótulos, para mim, não tem graça nenhuma!
Gosto do inesperado.
Gosto do que chega sem avisar.
Gosto de surpresa boa.
Gosto de descobertas.
Não gosto de coisas rotuladas.
Não gosto de quem vem pronto.
Não gosto de encomendas marcadas.
Eu gosto do inesperado.
Gosto do que chega sem avisar.
Gosto de achar perdido no meio de uma multidão, um alguém diferente.
Rótulos são quase todos iguais.
As pessoas raramente leem os rótulos.
Porque elas gostam mesmo do sabor.
Gostam mesmo é do cheiro.
Quem se importa com um rótulo?
Eu gosto de mostrar o que sinto.
Gosto de mostrar o que sou assim, escrevendo.
E se eu rotular, em mim estarei colocando um rótulo.
E como me rotular?
Eu posso agora falar de amor... E daqui a pouco?
Daqui a pouco posso nem falar.
Ou posso falar de solidão.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Se todos os dias eu esvaziar um pouco,
quem sabe um dia chegue ao final.
É que ouvi por aí que tudo tem um fim
Mas não sei em relação ao amor.

Porque também já ouvi que amor é TUDO.

sábado, 27 de setembro de 2014






Saudade estranha peguei minha caixa antiga, revirei tudo. Nas fotos com poeira encontrei seu rosto apertei com força ao meu corpo, como se sentimentos passados pudessem sair do papel Limpei a poeira. Fechei os olhos. Te senti ao meu lado. Que medo eu senti de abrir os olhos e ser só um sentimento bom. Que medo de abrir os olhos e ser só uma fotografia!

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Eu não quero a sorte de um amor tranquilo...

"Queria a sorte de um amor tranquilo"
EU não. Eu não quero a sorte de um amor tranquilo.
Gosto do inesperado.
Gosto de tudo que tira o fôlego, gosto do sentimento que chega destruindo tudo e te tira do chão.
Gosto de pessoas que surpreendem, que aparecem sem avisar e dizem o inimaginável.
Gosto de quem fala o que me deixa vermelha.
Gosto de tudo que me tira o ar.
Gosto do mistério.
Do incerto que dá certo.
Do improvável que ta na cara.
Do silêncio que na verdade é mais barulhento que uma banda inteira.
Dos olhares que dizem tudo.
Gosto de quem me puxa de surpresa sem pedir licença.
Por favor, largue a educação para lá se o assunto for me conquistar.
Seja completamente deseducado.
Grite bem alto comigo, ou grite bem algo para mim todos os seus sentimentos.
Qual a parte errada nisso tudo?
Não tem erro no improvável, no incerto... O que existem são dúvidas.
E que delícia é ter um pouco de dúvidas, mistérios, incertezas...
Melhor ainda se tudo terminar em uma surpresa agradável.
Melhor ainda se sempre tiver sido amor.

por: Raquel Seidler

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Vai chegar o dia, em que você vai olhar para trás e ter vontade de jogar todas as lembranças fora.
Vai pegar aquela velha caixa, e só guardar tudo lá dentro, já não basta mais. Guardado ainda faz lembrar, ainda machuca.
Você vai pegar as cartas, e prometendo não lê-las, vai jogando uma a uma ao vento. Talvez, você quebre a promessa de não olhar o que estava escrito, mas do que importa? Tudo está sendo jogado ao vento.
As fotos, uma a uma sendo colocadas ao fundo da caixa. Em um fundo, tão profundo, que não pode mais ser alcançado.
As músicas gravadas, você se obriga a deixar de ouvir. As melodias deixaram de fazer sentido há tempos... Talvez, nunca fizeram.
Ainda causa uma coisa estranha.
E é por isso, que a caixa, com uma rosa murcha, com fotos, cartas, cheiros e melodias, foi para o lugar dela.
Onde já deveria estar.
Agora a casa arejou.
E o coração, com o tempo, será invadido por novos ares.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Já perdi as contas de quantas vezes pensei em desistir
de quantas vezes já quis jogar tudo para o alto
Mas na vida de cada pessoa, existe sempre um motivo que o empurra para frente,
existe sempre um motivo que vai fazê-lo levantar e chegar ao fim
Ninguém disse que seria fácil,
porque não é fácil mesmo
Mas ninguém disse também que haveriam tantas lutas!
Nem ao menos disseram que teríamos que derrotar tantos monstros
Mas na vida de cada pessoa, existe sempre um motivo que mostra que tudo vale a pena
Vale a pena chorar alguns dias,
passar até raiva e gritar sozinho
Na vida, quando há um motivo, tudo vale a pena
E se o amor for o motivo, será nobre
Chorar por amor vale a pena,
gritar, desejar e porque não até sofrer?
Se for por amor, vale a pena
Todo mundo um dia vai passar por dias ruins
mas se sentir que no final haverá amor, tudo terá valido a pena
Porque o amor vale a pena